Rigidez de cotovelo
Dr. Joel Murachovsky Especialista em Cirurgia de Ombro e Cotovelo
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RIGIDEZ DE COTOVELO Causas, Sintomas e Tratamento
O cotovelo é uma articulação do tipo dobradiça, caracterizada pelo íntimo contato entre as superfícies articulares. Embora isso seja útil, no sentido de maior estabilidade dessa articulação, pequenas deformidades podem causar bloqueios ósseos e, como conseqüência, perda de movimento do cotovelo.
A amplitude de movimento de um cotovelo normal é, na grande maioria dos casos, de 0 graus de extensão e 145 graus de flexão e 90 graus de pronação e 90 graus de supinação. Contudo para as atividades básicas do dia a dia uma amplitude de movimento de -25 graus a 125 graus é suficiente. Uma supinação e pronação de 50 graus são aceitáveis.
As causas de uma rigidez do cotovelo podem ser por alterações que ocorrem dentro da articulação do cotovelo, que chamamos de intrínsicas, como também por comprometimento do tecido ao redor da articulação do cotovelo, que chamamos de causas extrinsicas. Eventualmente a causa pode ser mista, ou seja, ocorrem as duas situações descritas previamente. Exemplos de causa intrínsica: artrose pós-traumática, artrose primária, artrite reumatóide, infecção e consolidação viciosa. Exemplos de causas extrínsicas: queimadura, ossificação heterotópica, doenças congênitas, tais como a artrogripose. As causas mais comuns de rigidez são:fibrose de partes moles, miosite ossificante,obstrução pelo implante, calo ósseo exuberante e mau alinhamento articular.
A rigidez de cotovelo é a complicação mais frequente após um trauma e /ou cirurgia. O grau de rigidez, geralmente, é proporcional ao trauma inicial que esse cotovelo sofreu e ao grau de acometimento da superfície articular.
Outra causa comum de rigidez é o tempo prolongado de imobilização do cotovelo.
O diagnóstico da causa da rigidez se faz por meio de radiografias simples, tomografia, ressonância magnética e cintilografia óssea. A radiografia é capaz de detectar a presença de corpos livres, osteófitos, ossificação heterotópica, o espaço articular e o posicionamento de implantes.
O objetivo do tratamento de rigidez é obter um cotovelo que seja capaz de movimentar 100 graus de flexo-extensão (-25º a 125º ) e de pronação e supinação, sem dor e que seja estável. A fisioterapia é indicada, assim como o uso de órteses dinâmicas para ganho progressivo da amplitude de movimento com ângulos fixos e progressivos de ganho.
A cirurgia está indicada para casos que não ganharam a amplitude de movimento funcional do cotovelo e, dependendo da situação pode ser realizada por meio da artroscopia. Contudo, casos de cirurgia prévia em que seja necessário retirar material de sístese, ou tenha sido realizado anteriorização do nervo ulnar, ou haja uma rigidez extrínsica do cotovelo, o procedimento deve ser realizado pela técnica aberta.
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