Fratura por “Stress”
Dr. Joel Murachovsky Especialista em Cirurgia de Ombro e Cotovelo
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Fratura de Stress no Cotovelo (olécrano) Causas, Sintomas e tratamento
A mais comum fratura por “stress” no cotovelo é a fratura do olecrano e, embora seja incomum pode ser subdividida em 3 tipos. O primeiro tipo é aquele que acomete a fise de crescimento do olecrano. O segundo tipo é a fratura de stress que ocorre na ponta do olecrano e, está relacionada ao impacto posterior do cotovelo que ocorre em atletas de arremesso e, o terceiro tipo é de um traço de fratura no terço médio do olecrano e, geralmente, está relacionado à tração que o tríceps exerce sobre o olecrano. Tal fatura é descrita em atletas de arremesso, tais como: beisebol e arremessadores de dardo; descrita em ginastas olímpicos e, também em levantadores de peso.
Normalmente o atleta apresenta queixa de dor na porção posterior do cotovelo, que geralmente é relacionada ao movimento de arremesso. Eventualmente a dor pode atrapalhar a performance do atleta.
No exame físico desse atleta, normalmente se observa dor à palpação do olecrano e edema localizado. O atleta pode apresentar uma pequena limitação da amplitude de movimento, relacionada a dor e ao edema localizado.
Radiografias simples do cotovelo podem ser capazes de detectar um traço de fratura, que geralmente é incompleta. A ressonância Magnética pode, eventualmente, auxiliar no diagnóstico.
O tratamento depende do tipo de fratura. Fraturas incompletas podem ser passíveis de tratamento conservador, sabendo que as mesmas podem completar e desviar e, podem também evoluir com retardo da consolidação. Portanto, o acompanhamento de perto desses pacientes é muito importante para se evitar essas complicações.
Fraturas completas, mesmo sem desvio, na minha opinião são melhores tratadas cirurgicamente. Na literatura é descrito o desvio dessas fraturas e o retardo de consolidação. E como estamos lidando com atletas, fica muito mais fácil trabalhar as outras regiões do corpo sem uma tala, gesso ou órtese. Prefiro o uso de banda de tensão associado à dois fios de kirshner, dessa maneira, fazendo com que o mecanisco causador da fratura (a tração do tríceps) seja convertido em força de compressão, permitindo a consolidação da fratura.
O paciente pode retornar ao arremesso com carga total assim que a consolidação da fratura for evidenciada no exame de Raio-X, contudo para se evitar outras lesões é necessário que o atleta siga um programa rigoroso de retorno progressivo ao arremesso.
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